Com a criação da rádio no final do século XIX , deu-se início à era da comunicação de massas. Através das ondas da rádio foi possível, pela primeira vez, fazer chegar uma mensagem a um grande número de pessoas. Não por acaso “os primeiros estudos sociológicos, psicológicos e filosóficos sobre os meios de comunicação de massa foram feitos quando se deu a expansão das ondas de rádio. Mais do que o telefone, o telégrafo sem fio e o fonógrafo, o rádio despertou interesse, porque com ele iniciou-se efetivamente a informação e a comunicação de massa à distância.” (Chaui, 2005)
A partir dos anos 30, a rádio começou a ser encarada como um veículo de transmissão propagandística do capitalismo. Thomas Adorno e Max Horkheimer, na obra Dialética do Iluminismo (1947), sugerem que “as organizações mantenedoras dos grandes meios de comunicação social são, fundamentalmente, capitalistas, portanto visam – acima de tudo – o lucro financeiro, deixando de lado a idéia original de democratização da cultura, passando, assim, à venda e distribuição da mesma em larga escala na malha populacional.” (Adorno, 1999). Partilhando esta visão, Jerry Mander afirma que a televisão, tal como a rádio, não pode ser considerada um meio de comunicação democrático, devido ao seu carácter económico e tecnológico.
Embora as abordagens críticas sejam relevantes, preferimos ter em conta igualmente uma perspectiva interaccionista estudando as configurações adoptadas pelas diversas organizações nomeadamente em contexto de crise, como é o caso do surgimento das rádios livres.
Na base destes pressupostos gerais, chegámos a uma questão inicial genérica: poderá a rádio ser um meio de comunicação democrático promotor da inovação estética e da cidadania activa?
Sendo assim, através deste estudo, pretendemos saber até que ponto a experiência da Rádio Universitária do Minho (RUM), como orgão de comunicação independente, foi ou não subjugada por estratégias de ordem comercial, entre 1984 e 2001.
Índice
Introdução
1 - História do Movimento das Rádios Pirata
1.1 - A rádio como meio de comunicação de massas e o surgimento das rádios pirata
1.2 - A rádio em Portugal: o movimento das rádios livres
2 - Problemática e Metodologia da Investigação
2.1 - Perspectiva teórica: o interaccionismo e a grounded theory
2.2 - Estratégia metodológica qualitativa
2.3 - Técnicas de investigação utilizadas
3 – Análise das Entrevistas
3.1 – Caracterização dos entrevistados
3.2 – Processo de Criação da Rádio Universitária do Minho
3.3 – Objectivos da Rádio Universitária do Minho e sua evolução
3.4 – Grau de independência da Rádio Universitária do Minho
3.5 – Influência da Rádio Universitária do Minho na comunidade
4 – Conclusão
5 – Bibliografia
- Citar trabajo
- Sofia S Oliveira (Autor), 2007, Rádio Universitária do Minho (1984 – 2001): Um estudo sociológico, Múnich, GRIN Verlag, https://www.grin.com/document/156106
-
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X. -
¡Carge sus propios textos! Gane dinero y un iPhone X.