A caricatura inglesa, que faz alusão à assinatura do Tratado de Badajoz por Portugal, depois da chamada “Guerra das Laranjas” de 1801, acentua a impotência e fraqueza do governo português face ao fracasso da sua tão desejada neutralidade num clima internacional tenso, com todas as consequências fatais desta inclusão forçada. A Espanha é representada aqui pelo “Príncipe da Paz”, D. Manuel Godoy2. Por consequência da guerra entre os dois vizinhos ibéricos com palco privilegiado no Alto Alentejo, que se explica só no contexto internacional e global do conflito entre a França napoleónica expansionista e a Inglaterra, potência suprema nos mares, a cidade portuguesa de Olivença com as suas terras foi incorporada “perpetuamente” pela Espanha que tinha desejado há muito o rio Guadiana como fronteira natural.
Neste trabalho trata-se de examinar as causas e circunstâncias da perda de Olivença – “uma cidade portuguesa «de jure», administrativamente espanhola «de facto»”3 – no conflito das duas mais fortes potências da época, a França e a Inglaterra. Como é que a guerra entre Portugal e Espanha está incluída num sistema de interesses estratégicos anglo-franceses, no qual Olivença constitui uma “moeda de troca entre a França e a Inglaterra”4? Até que ponto a luta no Alentejo pode ser vista como primeira etapa das sucessivas incursões bélicas francesas, como “prólogo”5 das invasões napoleónicas dos anos 1807-1810/11?
Outra razão para uma perspectiva histórica globalizante indispensável sob a questão de Olivença e o Tratado de Badajoz, é fundada na projecção americana da controvérsia europeia, ou seja no velho problema dos limites no Brasil e na criação seguinte do Uruguai como nova nação.
1 Carlos Eduardo da Cruz Luna, Nos caminhos de Olivença, Estremoz 32000, p. 107.
2 Manuel Domingo Francisco Godoy y Álvarez de Faria Ríos Sánchez Zarzosa (nasceu em 12 de Maio de 1767 em Alcuera, Badajoz, e morreu em 7 de Outubro de 1851 em Paris): trata-se de uma figura muito contraditória na história de Espanha; depois de uma ascensão meteórica, é nomeado “Príncipe da Paz” pelo rei Carlos IV em virtude da Paz de Basileia, 1795.
3 Luna, p. 11.
4 António Pedro Vicente, “Olivença. Início da expansão napoleónica na península”, in: História, Ano XXIII (III Série), 36: “150 Anos da Regeneração”, Lisboa 2001, p. 50.
5 Ibidem.
Inhaltsverzeichnis
- 1. Einführung
- 2. Die Iberische Halbinsel zur Zeit der Französischen Revolution
- 3. Der Zeitraum von 1795-1801: Dauernde Spannung und fragile Neutralität
- 4. Die "Guerra das Laranjas" (1801): Der Konflikt zwischen Portugal und Spanien
- 5. Die "Questão de Olivença" und der Vertrag von Badajoz (1801)
- 6. Die Folgen der "Guerra das Laranjas" und der "Questão de Olivença"
- 7. Schlussfolgerung (Fazit)
- Literaturverzeichnis
Zielsetzung und Themenschwerpunkte
Die Arbeit untersucht die Ursachen und Umstände des Verlustes von Olivença im Kontext der "Guerra das Laranjas" (1801) zwischen Portugal und Spanien. Sie beleuchtet die Rolle des internationalen Konflikts zwischen Frankreich und England im 18. Jahrhundert und analysiert, wie die "Questão de Olivença" in dieses strategische Kräftefeld eingebettet war. Die Arbeit untersucht die Auswirkungen des Vertrags von Badajoz (1801) auf die Beziehungen zwischen Portugal und Spanien und die Folgen für die Region Olivença.
- Die "Guerra das Laranjas" als Folge des internationalen Konflikts zwischen Frankreich und England
- Die Rolle der "Questão de Olivença" im strategischen Kräftefeld des 18. Jahrhunderts
- Die Auswirkungen des Vertrags von Badajoz (1801) auf die Beziehungen zwischen Portugal und Spanien
- Die Folgen für die Region Olivença
- Die Bedeutung der "Questão de Olivença" für die Geschichte der Iberischen Halbinsel
Zusammenfassung der Kapitel
Das erste Kapitel führt in die Thematik der "Guerra das Laranjas" und der "Questão de Olivença" ein und stellt den historischen Kontext dar. Es beleuchtet die Bedeutung des Vertrags von Badajoz (1801) und die Folgen für die Region Olivença. Das zweite Kapitel analysiert die Situation der Iberischen Halbinsel zur Zeit der Französischen Revolution und die Beziehungen zwischen Portugal, Spanien, Frankreich und England. Es beleuchtet die Rolle der "Questão de Olivença" im strategischen Kräftefeld des 18. Jahrhunderts. Das dritte Kapitel untersucht den Zeitraum von 1795-1801 und die fragile Neutralität Portugals im Kontext des internationalen Konflikts zwischen Frankreich und England. Es beleuchtet die Auswirkungen der "Questão de Olivença" auf die Beziehungen zwischen Portugal und Spanien.
Schlüsselwörter
Die Schlüsselwörter und Schwerpunktthemen des Textes umfassen die "Guerra das Laranjas", die "Questão de Olivença", den Vertrag von Badajoz, die Iberische Halbinsel, die Französische Revolution, Portugal, Spanien, Frankreich, England, die Neutralität Portugals, die Beziehungen zwischen Portugal und Spanien, die Folgen für die Region Olivença.
- Citation du texte
- Thomas Strobel (Auteur), 2002, A “Guerra das Laranjas” e a “Questão de Olivença” num contexto internacional, Munich, GRIN Verlag, https://www.grin.com/document/114592
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